A realidade tem se mostrado cruel, vazia, violenta e desinteressante e a opção corajosa de tomar o personagem e chegar, permanecer ou tornar a ir embora daquele lugar ou (não lugar) simboliza a opção que todos temos de escolher diante dos diversos possíveis caminhos que surgem à nossa frente. Não há quase texto, pois já não há muito de interessante a dizer. Cada um vive a condição autista de sua escolha ou pouco se afasta dela. Da realidade, apenas um velho, sentado pacientemente à beira da estrada, vendo a estrafega de gente a ir e vir chegar ou partir. Um “voayer” interessado naquele movimento, que marca as ações dos chegantes, mas não interfere em seus destinos.

O que é aquele lugar, o que representa?

Será um sonho, um navio, ou……apenas……. UTOPIA?

Filme co-dirigido entre os diretores João Brites (Portugal) e Amauri Tangará (Brasil)